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Ana Sátila está confiante para os Jogos Olímpicos de Paris 2024

Atleta vai para sua quarta edição de olímpiadas e está determinada em buscar a sua tão sonhada medalha.

26/07/2024 11:40

Ana Sátila está confiante para os Jogos Olímpicos de Paris 2024

Há um ar de confiança em torno do Brasil, enquanto Ana Satila se concentra para mais uma Olimpíada. Os olhos do país se voltam para a atleta de destaque que defenderá as cores nacionais na categoria de Canoagem Slalom nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Esta será a quarta participação de Ana no maior evento esportivo do mundo e a atleta buscará a inédita medalha olímpica.

 

Hoje, a atleta do Clube Regatas Botafogo do Rio de Janeiro, tem participação bem estabelecida no cenário olímpico, tendo feito a primeira de suas três aparições nos Jogos com apenas 16 anos. Participar dos Jogos em uma idade tão jovem deve ter sido assustador para Sátila, mas ela absorveu todas as experiências e usou ao seu favor desde então. “Chego bem mais madura, mais bem preparada dentro da água e fora dela. Acho que tudo é uma evolução como atleta e em Paris será mais um passo”, afirma.

 

Desde aquela época, a atleta manteve a mesma mentalidade: remar por amor. “Remei sem medo, sem querer provar nada a ninguém. Era para mim”, fala Ana.

 

Aos 28 anos, a atleta brasileira chega à sua quarta edição olímpica, refletindo sobre uma carreira marcada por desafios e conquistas desde a estreia em Londres 2012. Sátila também representou o Brasil no Rio 2016 e Tóquio 2020, mas ainda falta uma medalha olímpica.

 

Um ano antes dos Jogos adiados em Tóquio, Satila ganhou dois títulos da Copa do Mundo de Canoagem Slalom da ICF no C1. Ela chegou à final do C1 feminino, categoria que ela estreou nas Olimpíadas de Tóquio 2020, mas terminou em 10º lugar após receber uma penalidade de 50 pontos por perder um portão.

 

Refletindo sobre sua experiência na capital japonesa, Satila admitiu que teve dificuldades sem o apoio de um treinador. “Em Tóquio, eu estava realmente focada e acreditei muito, mas havia muitas coisas que não estavam funcionando bem, Eu não tinha um treinador e isso era muito difícil, mas agora para Paris está tudo perfeito na minha preparação”, disse Satila.

 

Rumo a Paris 2024, Satila está de volta trabalhando com o técnico italiano Ettore Ivaldi, que ela considera uma figura paterna no esporte. “Ele é como um pai para mim. Ele sabe tudo sobre mim na minha vida e é muito bom ter alguém que te entende”, disse Satila.

 

Com Ivaldi acompanhando do banco, Sátila teve um início de temporada positivo, produzindo uma série de performances consistentes. A canoísta brasileira conquistou bronze no K1 e prata no C1 nas Copas do Mundo de Canoagem Slalom da ICF em Augsburg e Cracóvia, respectivamente. “Estou muito feliz com minha temporada até agora. Estou fazendo tudo o que planejei e estou muito feliz por terminar com duas medalhas. Quero estar em Paris e dar o meu melhor,” disse Satila.

 

Dona de cinco medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, Ana Satila vai chegar nas Olimpíadas de Paris com chances de medalhas em três provas: no C1, na qual terminou o Circuito Mundial de 2024 com duas medalhas (havia sido bronze na primeira das três etapas, na Alemanha), no K1, em que fez final, mas não foi ao pódio nas etapas deste ano, e no caiaque cross.

 

Satila é campeã mundial de caiaque cross de 2018 e será uma das candidatas ao título na estreia do evento nas Olimpíadas. “O kayak cross é diferente de tudo que já vimos nas Olimpíadas. O contato é a parte mais difícil, mas também a mais legal de assistir. Será uma batalha realmente difícil nas Olimpíadas e tenho certeza de que será emocionante assistir. É feita para o circo pegar fogo,” brinca Sátila.

 

Entre as provas, o caiaque cross se destaca por sua imprevisibilidade e dinamismo, atraindo a atenção de muitos espectadores. “Para mim, a disputa com mais barcos na água é sempre mais pegada, principalmente nas remontas. Muda muito porque não é só a técnica de ser ágil e saber passar pelos obstáculos, mas principalmente saber andar bem e driblar os concorrentes que estão junto com você na água”, detalha a atleta sobre as particularidades dessa modalidade.

 

Quanto às adversárias, a brasileira tem respeito por suas rivais, especialmente Jessica Fox, uma das grandes competidoras da modalidade. “A Jessica Fox é uma máquina, uma grande atleta, dedicada e merece estar onde está. Eu busco fazer a minha caminhada, trilhar um bom resultado e trazer medalha para o Brasil”, ressalta.

 

No ciclo atual, Ana conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023 e se destacou no Circuito Mundial, voltando ao pódio em duas modalidades diferentes na mesma temporada pela primeira vez desde 2019. “Estou em um momento espetacular, tive uma trajetória linda neste ciclo de Paris-2024 e estou contente com a minha entrega, com o fato de ter sido constante. Acho que voltei à minha essência", explica.

 

Quem é Ana Sátila

A trajetória de Sátila na canoagem começou aos nove anos, influenciada por seu pai, que é o alicerce de sua família. Agora, aos 28 anos, Ana já conquistou três medalhas de ouro e uma de prata em Jogos Pan-Americanos, tornando-se o principal nome da Canoagem Slalom brasileira. "Estou muito feliz. Vou dar o meu melhor na água e estou 100% focada e preparada para as competições".

 

Em Paris, Ana receberá o apoio não apenas de todos os brasileiros, mas também de quatro cidades que desempenharam um papel fundamental em sua jornada esportiva. "Estou honrada em representar mais uma vez o Brasil, mas sei que devo representar as cidades por onde concretizei minha carreira e minha história, que são as cidades de Iturama, onde nasci, Primavera do Leste, onde iniciei minha carreira na canoagem, Foz do Iguaçu, onde fiz parte do Centro Nacional e conquistei minha primeira vaga olímpica e decidi morar com minha família, e agora, também posso dizer que sou carioca, estou representando o Rio de Janeiro, o Centro Nacional em Botafogo. Então tenho uma galera para honrar nestes jogos", brincou.

 

“Era a caçula da delegação do Brasil. Lembro que na seletiva, em Foz do Iguaçu, foi a maior festa. Tinha gente pulando na água. Uma jornalista me parabenizou pela classificação aos Jogos e pensei: ‘Será que não tem outra competição para definir isso?’, pois entrei na competição sem saber que valia vaga olímpica. Sabia que era importante, só,” relembra Ana.

 

Além do suporte técnico e emocional, a presença de sua irmã Omira e de seu namorado Lucas Verthein, que também competirá em Paris, trazem ainda mais motivação. “Sou melhor com ela. E também com Lucas, um torcerá pelo outro”, comenta. A única lamentação é a ausência dos pais, especialmente do pai, que está em recuperação após um diagnóstico de câncer no pulmão. “Ele está se cuidando, se recuperando. Sua superação de vida é inspiradora pra mim. Estou aqui graças a ele”, diz a atleta.

 

As competições de Canoagem nos Jogos Olímpicos 2024 acontecem entre 27 de julho e 5 de agosto. As provas de Slalom serão realizadas em Vaires Sur Marne, França.

 

 





 

 

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Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia

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